SITUAÇÃO DO BRASIL FRENTE A PECUÁRIA DE CORTE NACIONAL – PARTE III
Em se tratando do total de animais abatidos em 2015 no Brasil, onde podemos ver mais detalhes no artigo II dessa serie, as regiões que mais contribuem são centro oeste com 40%, sudeste com 18%, norte com 16%, nordeste com 14% e sul com 12%. É mais ou menos na mesma proporção que o rebanho brasileiro está distribuído, como vimos no artigo I dessa serie.
Do total de animais abatidos, o confinamento ainda tem pouca expressão, apesar de estar crescendo de forma significativa nos últimos anos, em 2008 7,6% de todo o abate no Brasil foi oriundo de animais confinados, em 2015 esse número foi para 9,8% dos animais abatidos virem de confinamento, ou seja, um crescimento de 34% nesse período. Crescimento significante, porém com bastante margem para aumentar, o que irá melhorar nossa taxa de desfrute aumentando ainda mais o potencial produtivo de carne do Brasil, uma vez que a cria acompanhe esse avanço tecnológico, para que não veremos um apagão no fornecimento de bezerros, sendo que técnicas são feitas para diminuir a idade de abate, como suplementação a pasto, confinamento, etc, mas os índices reprodutivos como taxa de prenhez, taxa de desmama são muito baixos, ou seja, não havendo reposição de gado no mercado.
Como podemos no gráfico a seguir, quatro estados do Brasil representaram 76% do total dos animais confinados, e são estados que vem aumentando suas taxas de confinamento de forma significativa, parte deles pelos preços de terras terem subidos absurdamente, no caso do estado de São Paulo, o que faz os produtores terem que aplicar mais tecnologia para melhorar a rentabilidade e diminuir o assedio de outras culturas querendo arrendar as terras, e partes por serem estados que também tem as maiores produtividades de grãos, o que torna a dieta dos confinamentos mais baratas, uma vez que tirando a reposição do animal o custo com a dieta é o que tem maiocr valor dentro do confinamento, então nada mais natural que estados que batam recordes na produção de grãos, são os mesmos que lideram as estatísticas de confinamento.
A tabela abaixo nos mostra uns dados interessantes referente ao confinamento no Brasil, como já foi citado o aumento de 34% nos confinamento de 2008 a 2015 no Brasil como um todo. Mas quando olhamos para dentro dos quatro estados que mais confinam, o estado de São Paulo por exemplo, se avaliamos a evolução do confinamento caiu em – 11,5% ou seja, em 2008 foram 710 mil cabeças confinadas em 2015 foram 628 mil cabeças, tendo uma queda, mas quando olhamos dentro de cada a taxa de animais confinados vimos que em 2008 eram 17,1% dos animais abatidos no estado oriundos de confinamentos e em 2015 essa taxa foi de 19,5% portanto teve um aumento, mostrando que o estado vem aplicando tecnologia crescente nos últimos anos, porém evolução foi menor porque o rebanho do estado diminuiu, onde em 2008 o estado contribuiu com abate total de 4,1 milhões de cabeças em 2015 caiu para 3,2 milhões. Nos outros estados que tem representatividade, só teve aumento na evolução dos números dos animais confinados de 2008 a 2015, sendo que o estado do, dando destaque ao estado do Mato Grosso que teve um aumento de 129% nos animais confinados. Todos os outros três estados além de crescerem o rebanho e contribuírem com mais animais abatidos também tiverem aumentos no numero de animais confinados.
Autor: Mateus Contatto Caseta – Zootecnista Sócio/Diretor Contatto Consultoria Ltda
Data: 08 de junho de 2017